Diário de Viagem

Desde que planejei minha primeira grande viagem – um intercâmbio de três meses na Austrália em 2002 – adquiri um hábito que se tornou indispensável nas minhas aventuras posteriores e venho tentando aprimorá-lo a cada novo roteiro: manter um diário de viagem.

Não se trata de sentimentalismos, coisa que minha natureza prática não permite. Na verdade, é um registro de todos os preparativos desde as pesquisas de preços de vôos, hospedagem, lista de compras, atrações interessantes, etc. até o consumo diário durante a viagem. Então, a primeira coisa que faço quando decido viajar é comprar um caderninho de anotações, desses que cabe na bolsa (e no bolso).

Um dos motivos que me levaram a adotar o diário de viagem foi o tamanho exagerado e pouco prático dos guias de viagem. Semanas antes de embarcar, estudo o guia inteiro, tomando nota das coisas que me interessam, assim, não preciso ficar carregando peso extra durante os passeios.

Costumo dividir meu diário de viagem em três partes: antes, durante e depois (já disse que sou extremamente metódica?).

Na seção Antes, faço anotações de câmbio (se for o caso), principais atrações que pretendo visitar, dicas de amigos e sites/revistas especializados sobre o lugar para onde estou indo, eventos, lista com as compras que pretendo fazer no local (e de presentes para as pessoas queridas!), cotações de preços de passagens, hospedagem e aluguel de carro, coisas a serem providenciadas antes da viagem e um pequeno roteiro com uma noção geral do número de dias que disponho x atividades que pretendo realizar.

Na seção Durante, reservo uma página para cada dia de viagem. Em cada uma delas, anoto o roteiro do dia e todas as despesas daquele dia (alimentação, compras, transporte, atrações – como museu, por exemplo, etc). Ao final do dia, calculo a quantia gasta e diminuo do valor total que disponho. Dessa forma não me perco nas contas e já sei direitinho o saldo para o dia seguinte! Se um dia eu gasto mais do que o programado, no outro dou uma moderada nas despesas(comendo Mc Lanche Feliz no café da manhã, almoço e jantar! Hahaha).

É por isso que sempre levo um caderninho bem pequeno: carrego ele comigo para todo lugar e anoto tudo nele! Também registro minhas impressões sobre os lugares que visitei, se vale a pena ou não, se demanda muito tempo, se não é tão bom quanto parece, se pretendo voltar e por aí vai.

E por fim, anoto as músicas que ouço com mais frequência ao longo da viagem. Muitas vezes tem aquela musiquinha da moda, que toca em todo lugar que você entra e você nem gosta muito, mas pode ter certeza que quando voltar para casa, sempre vai lembrar de sua viagem quando ouvir a tal música chatinha! Depois crio uma playlist só com as músicas daquela viagem para ouvir e relembrar os bons momentos.

Na seção Depois, faço um balanço das despesas baseado nas anotações diárias para saber o quanto gastei ao todo na viagem, desde as primeiras despesas (como taxas de visto, por exemplo) até as comprinhas irrestistíveis de última hora.

Com um caderninho de anotações, eu consigo reunir todas as informações que preciso e ainda serve como referência de consulta para viagens posteriores. Como se fosse meu guia de viagem personalizado!